Apenas observe...

Apenas observe...
Por Sócrates Guedes

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tudo que mais quero

Tudo que mais quero em um beijo, ou aquilo em que mais anseio, o desejo, esta na simplicidade de como é feito. Do gosto, ao terminar do encontro dos lábios, amargo do cigarro...

Tudo que mais quero num abraço, aquele onde pessoas eternizam laços, é a força demonstrada, aos braços, do gosto manifestado...

Tudo que mais quero é tudo que nunca tive, pelo menos verdadeiramente, sentimento nascido e criado no mausoléu de minha mente.

Alimentado por falsas esperanças, faminto, trancado, faminto. Castigado quando o querer sair exalta e grita... “Voar, voar, subir, subir...” chegando a impertinentes desejos momentâneos, outros que não esse, mas que o tornam real.

Tudo que mais quero em alguém é que, na simplicidade do agora, da força como se olha e chora, de como se comove ao nada, preste atenção que ainda existo, simples, quieto, mudo ao mundo, não o meu, ao mundo mudo...

Isso, entre outros, consegui e por motivo leviano qualquer, se quer querer, jamais deixarei fugir.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu e minha Úlcera (edição não finalizada)

Este escrito que vos mostro é um trecho de um livro que estarei, por breve, a começar. Contém uma dedicatória cuja a pessoa dedicada já foi ,referidamente, mencionada numa de tantas outras parciais aventuras emocionais... No fim, digo, quando terminar parecerá um livro de auto-ajuda... Me ajudei bastante ao dizer, escrevendo, as palavras abaixo. Que seja, vamos ao que lhes é digno:


O silêncio me proporciona muitas coisas, tantas que mal tenho espaço intelectual para averiguá-las, tantas que meu pulso chega a arder... Tantas idéias atravessando uma única avenida, sem semáforo, sem guardas, livres, entretanto, desorganizadas... Adoro quando, perdido nestas ruas adjacentes, me deparo com meu presente. Nele existem pessoas cuja sua importância e relevância são caracteristicamente descartáveis, outras, poucas, fazem com que tome uma outra perspectiva da vida, por inteira, que se diga passageira... Destas pessoas há uma que tenho tentado expulsar do meu mundo particular. Há um bom tempo que não sabia o motivo, ainda não sei, mas... Pergunto-me sempre que posso: Quando mais queria afastá-la, percebo que é ao meu lado que ela deve ficar, cuidando de mim, me proporcionando cuidado recíproco, então, como manter ao seu lado alguém que, naturalmente, é afastada pelo meu medo? Medo de ter suas particularidades invadidas, descobertas, compartilhadas. Medo do seu mundo não mais pertencer-te, medo de todos, medo algum.


Agora ou há um tempo, entendi minhas preocupações, o silêncio não é algo que optei, e sim, meu fardo, meu mundo, minha escuridão. Eis que surge ela com seu candelabro, senta a meu lado, pede conversa, recuso... Num gesto delicadamente violento bate em meu ombro e me desbloqueia, pede novamente, cedo... Conta suas histórias, é estranho, não é minha vida, mas quero escutá-la. Termina e diz: “Conta-me tuas proezas, se não as tens, dizes o que queres e procura até achá-las.” Assim, meu mundo, atolado por idéias, para... Palavras deixam de esbarrar em si, flutuam, sons que costumavam atingir-me com repulsa, cessam e flutuam, pairam, somem... Apenas o candelabro e ela continuam a mover-se, a gesticular-se... Então digo: “Quero que minhas proezas sejam as suas, se possível construindo contigo, evitando pontos finais como em muitas outras citações”. Resumo minhas palavras a um beijo, simples, leve, delicado, mas intenso. Então desperto, sinto sua falta, a procuro, e me deparo com as conseqüências: havia a expulsado e não sabia mais como achá-la, ainda assim, caso a achasse o que faria? O que diria? A beijaria? Logo a encontro, abraço e pronto, estamos juntos, descalços, num banco qualquer, e o candelabro não é mais necessário, o mundo deixou de ser escuro, ilumina-se por si só. E as palavras? Ainda voam por qualquer lugar.



quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O ultimo drama [revelado (imagino...)]

"Para não sentir vontade de chorar eu aperto a minha dor..." É o que ouvi antes da sirene, canto profundo, profundamente em meu leito, mas não estou morto... ainda! Nem desejo, apenas jogo toda minha falsa ira, minhas frustrações ao acaso tornam estas palavras sábias...

Às vezes, penso como seria provar do
nectar que escorre dos teus lábios...

Mas percebo que isso é, apenas,
privilégio dos anjos que te rodeiam.

Não magoes o poeta que te ama.


Não consigo pensar, muito menos escrever! O que antes fazia de bom grado, agora é forçado pelo sentimentalismo barato... influente, e muito!

Sabes o que é ter um poeta a teus pés?
Sabes o que é te teus caprichos sem divergências?
É o mesmo que teres um tapete de pétalas de rosas,
rosas de todos os lugares do mundo.
Não esqueças o poeta que te ama.


"Você pode repetir as letras e até mudá-las de lugar..." É o que precisava ouvir antes de limpar o lugar. Inundado estava. Me recopondo, escondo estrias dos meus olhos inchados... Ainda molha.

Às vezes penso se teu sorriso é
o bastante para me deixar feliz...

mas percebo que é uma mentira,
ver-te assim, sem pensar em mim.

Não sabeis que o poeta aqui te ama?
Que finge não amar, só para não sofrer tanto
só por não sofrer quanto eu sofro agora.
E espero que o infinito me compreenda,
pois vou esperá até seu fim...

Para amar-te denovo,
como amo-te agora.
31/05/07


ENTRETANTO...


Esta dor não é verídica, está me servindo de suporte para muitas outras, e para tantas outras que virão... Pois que venham! Ainda não terminei este escrito, tenho que registrar o que passei de bom, tenho que confirmar que o que vivi foi bom, tenho que venerar a quem me permitiu esta dor... OBRIGADO! Com isso me torno mais humano, menos poeta. 18/11/10

domingo, 21 de novembro de 2010

Preenchendo lacunas...

12/08/10
Qual o motivo deste sentimento?
Como posso definir tamanhas reações não realizadas, acumuladas de um mesmo modo?
Por que repetir diversas vezes o mesmo raciocínio, se não chego a lugar algum?
Para quê, pergunto, para quê contruir questões cujas respostas nunca chegam?
Comum é realizar seus pequenos sonhos e interpretá-los como se fossem grandes realizações, comum é dizer quem somos sem saber se realmente queremos ser, existir, coexistir.
De onde tirei tal resposta? Como pude definir como resposta um desvaneio de meu abismo particular, e ainda por cima, aceitá-la como duvidosa ou duvidar de sua aceitação?
É um crime dizer que estou correto, uma punição afirmar meu erro, uma retribuição apagar meu ego.

10/11/10
Posso avaliar-me de tantas maneiras como dedos em mãos em portas de putas. Uma destas me intriga: poderia, eu, ser uma contradição do que escrevo?
Outra linha duvidosa sobre meu ser diz que: "seu estado dependerá do seu comprometimento com a realidade..." Com direito a segundo ponto: "... desde que, esta realidade esteja convergente com seu estado."
Depois de muito pausear-me com estas observações "penso se pensar seja, por mim, a melhor opção, é taõ... racional", convencional, não condiz com as palavras contraditórias que antes pós antes citei em linhas bifurcadas...
Um pouco de tempo e percebo que a bifurcação é uma contradição, sendo esta, meu estado normal, sendo normal meu estado contraditório, me contradigo em dizer minhas razões, portanto, me compreendo ao me contrariar e me contraio ao revelar que não há razão alguma para existir.

sábado, 20 de novembro de 2010

Desvaneios desvairados e desprovidos de ciência

Devo desculpar-me aos poucos leitores que tenho. Sim, pois não posto algo decente desde muito... Pois então vou fazê-lo da melhor maneira possível: deleitando-me sobre as palavras que surgem... surgem...

Data desconhecida

Ao acaso, tendo em vista, toda maneira supérfula de interagir com o nada, participo, ainda assim, da construção de alguma coisa, seja ela cíclica ou sem fim.
Por acaso, encontrei maneiras de migrar para vizinhanças pútrefas, como as que convivem com meu ego, intimamente aderidas a minha morte.
Odeio, entretanto, quando uso, de bom grado, talheres sujos banhados em não saber, pois, estes tendem a escapar de mim.

22/09/10

Parei de tentar transpor, em linhas mal formadas, idéias em formas tão desiguais quanto muitas outras que me escapam. Tentei, contudo, prosseguir com as mesmas más idéias em linhas tão tortas quanto antes. Seria eu um deus por fazer isso?

Continuei, digo, ter-te-ei outra palavra que seja de significado aparente com rima em outra exata que corresponde à gente.
Finalizando, pois quando em quando, permito-me mudar minha forma de expressar más idéias, tirando o finalizei por falta de vontade. Posso não ter acatado minha própria ordem por não explicar o que quero dizer, porém, em outro escrito, nenhum, busquei facilitar o entendimento do que aqui perpasso.

07/10/10
Em estado ébrio, costumo ver coisas cuja sua significância, arrogância ou momento de instância são tão irreais como outra idéia qualquer que me escape.

Costumo, também, realizar favores à mentes alheias, um tanto empoeiradas, esfumaçadas, passadas. Passo então a crer que isto, aquilo ou até mesmo eu não exista de forma tão desigual, entretanto (novamente por esta palavra não ter a permissão de sair da minha mente), não faz o menor sentido afirmar minha inexistência, afinal, continuo a busca da razão dos meus escritos.
Escritos que transpõem em linhas, antes citadas, como tortas, sem portas, e consequentemente maçanetas, palavras que juntas expliquem meu desentendimento com a realidade, minha culpa em existir.

domingo, 21 de março de 2010

O começo do fim de um novo começo

Uma leve pontada no punho direito me põe a pensar:
Por que o amor existe e por que se comporta como uma caixinha de surpresas?
Como uma leve dor de tristesa... Tristesa. Como uma pluma caida do céu esplandecendo sua cor em nossas faces plácidas... Perpetualizadas pelo modo de pensar: Como aproveitar a vida sem ter que deixar de amar... Amar?

Uma leve pontada no punho direito me põe a pensar:
A que se deve o amor se não posso amar?
O céu se não posso resplandecê-lo?
A vida se não posso viver, e os desprazeres do cotidiano, como posso presenciar?
Se o breu que abre em meu caminho é maior que a vontade de viver, se é a estrada que se apaga ou o mundo que deságua em lágrimas de sofrimento sem razão... Razão?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Desconsolada, grávida de gêmeos e ainda impedi meu divorcio!?

Este é um trecho de um conto que prometi a uma amiga e que certamente um dia terminarei. Por enquanto se deliciem com isto:

Um jovem, pouco jovem, beirando seus vinte anos, ou mais que pouco menos vinte, conhece uma jovem, quase tão pouco meramente semelhante a sua jovialidade. Chama-se Ivan o jovem. Este conhece Thuanny a jovem, cuja qual foi antes citada e destacada pela mera semelhança jovial com Ivan, o jovem, e dão inicio ao que parece ser um diálogo a dois, num lugar onde apenas se permite este tipo de diálogo, algo muito semelhante ao que ocorre entre os pronomes EU e TU, não que os pronomes ELE, ELA, NOS, VOS, ELES não possam interagir entre si da mesma forma como estes jovens viriam a fazê-lo.

- Olá? Dissera a jovem que acabara de conhecer um jovem bem pouco interessante visualmente, mas que por um acaso desconhecido e embevecido de mistério a chamou atenção.
- ...! O jovem, que na expressão de face e interpretação corporal estava, aparentemente, não mudou sua posição, se quer demonstrou ter ouvido o clamor da jovem, que ao seu lado questionava a validade da ação.
Vendo que o tipo de abordagem usada para que, com pouca chance de êxito, dirigisse de alguma forma, maneira, lugar e substantivo, o olhar do jovem em uma direção que aproximasse uma possível e levemente delgada apresentação não obtivera sucesso, a jovem não teve dúvidas em usar outro tipo de abordagem:
Segurou firmemente o antebraço do jovem realizando um movimento de “abertura de geladeira em estado de muito, mas muito, muito mesmo, muito com ênfase, jejum” fazendo com que seu corpo fosse redirecionado 45º da sua posição original, causando imediato espanto por parte do quieto e pacato jovem. Este que por sua vez, tenta discretamente retirar sua extensão corporal dos domínios da jovem, a olha com pavor e curiosidade, sim, pois ele se perguntava sempre que podia:
- Por quê? Por que não me mijei? Estava prestes a fazê-lo... Entendo... Ela deve ter algum tipo de “puxada mística” que inibe essa minha reação a estranhos.
E já demorando o bastante para responder, seguindo o principio básico “toda ação tem uma correspondente reação” o jovem, mantendo sua expressão de medo pergunta com a voz trêmula:
- O que você quer?
- Ora, o que qualquer pessoa com o mínimo de interesse por outra quer!
- Você VAI ME ESTRUPAR!!! Digo ME ESTUPRAR???
- De certo...
Neste instante Ivan não pode conter sua reação a estranhos, uma vez que tenha tido a conclusão de ter seu ânus perdido para uma bela e jovial jovem. Mas em contraponto a descarga urinal que Ivan sofria, Thuanny esperava calmamente, e já desinteressada, que ele se acalmasse para que pudesse terminar o que ia dizer.
- ... Que não! Você não pertence a minha lista de “Quem mais quero torturar nesta vida”, é apenas alguém que anseio em conhecer, mas não esperava que meu desejo provocasse tamanha reação!

Isso é tudo por enquanto ^^

domingo, 21 de fevereiro de 2010

20 de Setembro de 2007

Certa vez, vi uma cadeira no alto de um barranco e logo ao lado, um pouco mais abaixo, um cultivo de bananas e algo mais... Mais frutas.
Fiquei observando a cadeira vazia, à beira do decréscimo e percebi que na posição do observador, ele podia ter uma parte do mundo ao seu alcance, onde automóveis passavam irritantemente a qualquer instante. Pensava se o observador ali ficava apenas para descansar... Mas logo descartei esta idéia, a visão do outro lado não era lá agradável ou confortante. Então, me veio a mente outro raciocínio: Talvez ele ficasse ali para se sentir acima de todos, o maioral, esquecer todos os casos de injustiça, desigualdade, repressão, opressões a parte...
Esta idéia me alegrou um pouco, pois conclui que a vontade de ser livre não impede o desejo do mesmo se realizar.

Chegando em casa, me deparei com mais uma daquelas discussões que sempre acontecem quando se tem uma família excêntrica, por assim dizer, e fui logo exclamando:
"Pouco sei sobre a mesa onde propõem anular o vazio, o óbvio, o Cristo..."
Retrucando a minha fala, alguém disse:
"Poucos sabem sobre isso e por tal motivo deixam a relaxar, suas mentes se vão... Algo me faz gozar..."
E continuando a discussão, um outro alguém que acabara de chegar falou:
"É o medo? As palavras? O dizer? Pouco soube que havia, a tempos, uma mistura de sentimentos, o agouro de mais tarde, a tarde que me fez ver que tudo era mesmo mentira, fora isto... Nada coube."
Tentei terminar a discussão com o seguinte dizer:
"Será o nada toda verdade? O assombrar de todos os ventos a qualquer direção? O afirmar que é mesmo verídica a doutrina desta realização? Fica ai a pergunta, esta questão!"

Retirei-me antes que começassem a entender o que havia dito.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O vazio será o mesmo de amanhã?

Como arde pensar no que não se deve...
Como penso em arder quando não mais quero...
Como quero saber o que em mim mais dói...
Assim, descubro toda farsa de minha vida
E relevo minha vida como uma verdadeira farsa.


Isto torna a fatídica tentativa de driblar o vazio tão incipiente quanto a própria palavra...
A cruel
suavidez com que desfecho palavras sem sentido me faz perguntar se estou em minhas melhores condições psíquicas...
Se a dor que sinto agora por não poder refletir, for a mesma de outrora...
não haverá amanhã.


http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=89762

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Buscas e Rebuscas

Quando o que mais quero é simplesmente ser o mesmo de passos atrás, não consigo...
Quando o que mais releva é o formato de minhas ideias, busco não mais querer...
E quando o que quero corresponde exatamente ao que já tenho, não me satisfaço...
Sei que se continuar a buscar palavras apenas acharei lamentos, mesmo assim não me sinto responsável por conclusões acerca do dejeto que aqui despejo...


Quando o tempo não se torna suficiente para medir minhas intenções, saio de mim...
Quando a distância da minha mente até o inconcebível é insuportável, descanso...
E quando percebo que não há mais lugar algum para descansar, rearranjo idéias...
Sei que o que busquei antes não foi possível encontrar, e sei tão bem que o mais se procura não é o certo e sim o que melhor conforta a mente.