Apenas observe...

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Por Sócrates Guedes

terça-feira, 10 de maio de 2011

A assombrosa verdade

As folhas em branco não arrebatam o que digo, por este significativo motivo deito-me sobre elas.
Não as forço a aceitar idéias que, por quase desespero infortúnio, partam de mim, apenas contorno o que insistem em querer, a mim e até então apenas assim, informar.
As linhas cujo sigo não decidem os caminhos de minha recém-nascida prosa, prosa que definho ao último ramo de letras seguida de uma desfiguração meticulosa à escrita, guardada, no final deste processo, no mausoléu de minha mente.

As curvas que as letras seguem não são de meu partido, pois, o que digo não quer, ou não demonstra querer, permanecer escrito... São portas almadiçoadas as da minha boca, por tal motivo não grito. São empoeiradas as janelas de meus olhos, por tal motivo não me é permitido vê-las. Posso está blefando, surtando, brincando de querer decifrar-me, mas não é isso que as folhas em branco dizem...