Apenas observe...

Apenas observe...
Por Sócrates Guedes

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Eu e minha Úlcera [Segunda parte (Chore)]

Serão palavras tortuosas as que aqui deixarei, mas, como ja disse uma amiga: "...você escreve tímido, porém, mesmo com essa timidez você sente que tem que colocar estas palavras para fora, mostrar timidamente quem você é ou que quer..." (algo no mesmo sentido).

Ver estas coisas me dá vontade de chorar...:
Árvores balançando harmoniosamente, de quando

em quando tocadas pelo vento com um ar
de não mais parar...
Estão alegres? Querem sorrir?
Depois o mesmo vento que alegra o verde me toca...
não sinto aquela vontade de balançar...
É rígida minha expressão, é frio o meu olhar.
Estou triste? Esquecido? Aborrecido?
Espero que ouçam meus uivos, pois,
parecem que estão se tornando os últimos,
do dia... da hora...
Quero continuar a escrever, mas meu tempo já acabou.
Tudo que já amei... passou.
Todos que odiei... Em verdade, não cheguei a amar.
Estou aqui a favor da humanidade...
Tentando conciliá-la ao seu EU.
Quero que todos encontrem o seu interior
e possam sentir que a verdadeira alegria
parte do maior sofrimento... O VIVER!

LEITÃO, Ivan Sá

Estas palavras servem de prelúdio para as que deponho a seguir, neste mesmo espaço:

Ela me conquista toda vez que me beija, cada gesto puro, delicadamente me corteja. Feições chamativas, lindas, por mais que não note... Estando a pensar me fascina, chame de amor isso que agora me cerca, chame de amor maior o que me faz arrastar um sorriso bobo ao lembrar-me dela.

Que risada mais gostosa me propicia, imagino se seria esse o nirvana do gostar... Entretanto, tudo o que sinto apenas cresce, lento, notável e extremamente prazeroso. É incrível o que o seu cheiro me traz... Pairo sobre pensamentos, levito por sobre qualquer coisa antes dita, pensada, e demasiada desnecessária.
Arrepio-me ao sentir, novamente, tudo que sinto ao seu lado, tudo tão pleno, tão agora... Mas também é depois, depois de amanhã, muito depois de amanhã e o tanto que puder senti-la... Choro por ti, choro por tê-la, choro por poder perdê-la... Ao final não choro mais. Ela me importa mais do que minhas preocupações, lamentos não existem quando lembro que a tenho, bem perto do meu rosto, sorrindo. Coisa maravilhosamente linda Renata.

...

Chegou a mim num momento muito mais do que oportuno... Deixou-me um pacote, bem embrulhado por sinal, recomendações ditas, e um beijo, gosto de último...
O tempo me recomendou que abrisse... Delicadamente o fiz, parecia frágil... lindo...
Era amor, mas só uma pequena fração, suficiente para não me sentir sozinho... Embrulhei com o mesmo cuidado que o tinha ao querer descobrir o que era, e numa estrada qualquer da vida, sentei...
Ainda permaneço sentado, esperando que ela venha buscar o embrulho, ou que traga o resto... que resto?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Recentes reflexões sobre mim e meus amores

Há muito senti algo... (desta afirmação tiro um comentário de uma das pessoas que venho, cada vez mais, a admirar e embelezar em outros texto que aqui mesmo pûs, diria ela: sério!?) este algo me trouxe o sabor de coisa nova, virgem, coisa ainda intocada. Não sabendo como defini-la me ative a tais palavras:

"A vejo mas não sei quem ela é, portanto ou porém, sem mulheres no harém, o que digo não faz falta, não tem pauta, ainda assim como tantos outros tocam flauta, pois, a imagem que enxergo é diferente da visão que a frente tenho. Concluindo, ainda que não tenha terminado, concluo, por observações, admirações, sem tocar no assunto que toca aos tocantes da canção ou calções, vestimenta confortável. Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não saiba quem ela venha a ser, continuo a procura, de maneira obscura, de origem com altura, a não culpá-la, não julgá-la, não subestimá-la, por ser quem é, ou quem poderia ser, quem não queria que fosse, não apoiasse, mesmo desejando algodão-doce, não fizesse, nem que pudesse, ou ao menos que quisesse, saber quem ela é."
LEITÃO, Ivan Sá

Mantive este texto guardado com seus irmãos afim de expor sua importância quando a hora chegasse. Dividido em ter algo novo e manter laços com algo fadado ao fardo, obtive uma carta. Nela continham belas palavras, seus significados... tão tocantes, puxantes a realidade. Deste modo:

"As várias possibilidades levam ao mesmo lugar
aquele ponto de partida.
Partido por escolhas erradas e atitudes não pensadas.
Diante do caos de alheias mentes
mostro-me completamente inerte, ainda
expectadora de fatos fatais
que inexplicam o dito e o feito.
Ao pensar que o outro é melhor que o um
(duvidas, se o contrário)
Cai sobre mim a maldição da passividade de
não-escolha, diga-se, escolhas próprias
Como na de meu próprio futuro (mesmo que presente)
em virtude de puro companheirismo e
'boa-samaritania'.
Ainda que por vocação
antes por gosto
Gosto forte, emanado desta mente e coração
grosseiros e inexoráveis
agora 'despejados como um balde'.
Por isso, insano leitor
Ordeno que retornes de seu mundo e
desças imediatamente deste maldito muro de Berlim!
(que divide também em dois: futuros)
não chores,
não sofras, estupido meu.
A tu e a tuas escolhas:
Boa sorte e,
espero,
Boas vindas!" 28/11/10
Renata Jéssica


Para, só então, perceber quem mais queria, tive que me por a prova. O valor que estaria dando as coisas que me pertubavam, era alto, enquanto que as coisas que deveriam me importar, ignorava.
Tinha sim, feito uma má escolha, que revelou-me uma outra novidade, um novo "sentir-se bem ao está a seu lado" como no texto que havia guardado. Não tenho certeza de sua relação com esta carta, mas "Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não sáiba quem ela venha a ser..." Um gosto aprofundado em duas palavras ainda ecoadas em meus ouvidos:
"TE ADORO!"

Retornei, como ordenado, pensei, como esperado, me decidi, sai do muro. Fui bem recebido ao meu novo lar e farei tudo que puder para que exista época-pós-época a mesma euforia de sentimentos que obtive ao ter a carta.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O acuado não deve ser nomeado

Suspiro seguido de arrepios. É o que sinto quando teu cheiro permanece nos meus arredores, confortando dores, cedendo-me tantos outros favores, deixando, quase que por perca de vista, sabores.
Sabe-se lá donde parte tal sensação! Talvez do subconsciente, páreo, adjacente ao comum princípio da não-razão. Sinto, como disse antes, repetindo, em fração de instantes, a calmaria. Disse-lhe, como me disseram, que após uma violenta deságua de sentimentos recái, levemente, aquilo que conforta...

Muitos chamam isto de amor... O r da não-razão torna-a adversa ao que sinto por agora. Explicação tão simples para algo de tamanha iniquidade. Talvez seja mais... Seja maior do que o amor, o que por hora sinto. Por quanto "me incomoda o fato fardo de não saber como começar a lhe ajudar".

Não sabendo ao certo como terminar este escrito, deixo um apelo:


Ama-me com teu conceito, aceitai cada parte de minha dor no teu peito, tornai este mero mortal de predicado a sujeito.