Apenas observe...

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Por Sócrates Guedes

domingo, 9 de janeiro de 2011

Recentes reflexões sobre mim e meus amores

Há muito senti algo... (desta afirmação tiro um comentário de uma das pessoas que venho, cada vez mais, a admirar e embelezar em outros texto que aqui mesmo pûs, diria ela: sério!?) este algo me trouxe o sabor de coisa nova, virgem, coisa ainda intocada. Não sabendo como defini-la me ative a tais palavras:

"A vejo mas não sei quem ela é, portanto ou porém, sem mulheres no harém, o que digo não faz falta, não tem pauta, ainda assim como tantos outros tocam flauta, pois, a imagem que enxergo é diferente da visão que a frente tenho. Concluindo, ainda que não tenha terminado, concluo, por observações, admirações, sem tocar no assunto que toca aos tocantes da canção ou calções, vestimenta confortável. Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não saiba quem ela venha a ser, continuo a procura, de maneira obscura, de origem com altura, a não culpá-la, não julgá-la, não subestimá-la, por ser quem é, ou quem poderia ser, quem não queria que fosse, não apoiasse, mesmo desejando algodão-doce, não fizesse, nem que pudesse, ou ao menos que quisesse, saber quem ela é."
LEITÃO, Ivan Sá

Mantive este texto guardado com seus irmãos afim de expor sua importância quando a hora chegasse. Dividido em ter algo novo e manter laços com algo fadado ao fardo, obtive uma carta. Nela continham belas palavras, seus significados... tão tocantes, puxantes a realidade. Deste modo:

"As várias possibilidades levam ao mesmo lugar
aquele ponto de partida.
Partido por escolhas erradas e atitudes não pensadas.
Diante do caos de alheias mentes
mostro-me completamente inerte, ainda
expectadora de fatos fatais
que inexplicam o dito e o feito.
Ao pensar que o outro é melhor que o um
(duvidas, se o contrário)
Cai sobre mim a maldição da passividade de
não-escolha, diga-se, escolhas próprias
Como na de meu próprio futuro (mesmo que presente)
em virtude de puro companheirismo e
'boa-samaritania'.
Ainda que por vocação
antes por gosto
Gosto forte, emanado desta mente e coração
grosseiros e inexoráveis
agora 'despejados como um balde'.
Por isso, insano leitor
Ordeno que retornes de seu mundo e
desças imediatamente deste maldito muro de Berlim!
(que divide também em dois: futuros)
não chores,
não sofras, estupido meu.
A tu e a tuas escolhas:
Boa sorte e,
espero,
Boas vindas!" 28/11/10
Renata Jéssica


Para, só então, perceber quem mais queria, tive que me por a prova. O valor que estaria dando as coisas que me pertubavam, era alto, enquanto que as coisas que deveriam me importar, ignorava.
Tinha sim, feito uma má escolha, que revelou-me uma outra novidade, um novo "sentir-se bem ao está a seu lado" como no texto que havia guardado. Não tenho certeza de sua relação com esta carta, mas "Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não sáiba quem ela venha a ser..." Um gosto aprofundado em duas palavras ainda ecoadas em meus ouvidos:
"TE ADORO!"

Retornei, como ordenado, pensei, como esperado, me decidi, sai do muro. Fui bem recebido ao meu novo lar e farei tudo que puder para que exista época-pós-época a mesma euforia de sentimentos que obtive ao ter a carta.

Um comentário:

  1. É incrível seu jeito de lidar com as palavras. Sempre fico abismada com o que escreves.
    Como alguém pode ser você? Tão amigo, tão desarticulado, tão peculiar,... tão você!
    Um dia estarei lhe pedindo autógrafo e falando ao mundo o pouco que sei de você, afinal cada vez que você escreve, mais noto o quanto ainda não conheço sobre sua alma artistica.
    Parabéns!

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