Apenas observe...

Apenas observe...
Por Sócrates Guedes

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Comparação ao ensino

19/06/2006

Como um livro, a vida têm páginas a serem passadas, capítulos a serem lidos, hstórias a serem contadas e críticos, que por sua suas críticas, a serem, por tal motivo, punidos. Além de sua consistência externa, baseada em outras páginas, outros capítulos, outras histórias e, também, claro por evidência, óbvio, críticos de gerações passadas, porém, presentes...
Como este por exemplo, que por sua objetividade não possui razão em permanecer escrito... Mas a vida, assim como um livro, só têm um fim ao se perceber que não há mais coisa alguma a ser escrita, ou seja, se não há um fim não há juízo e portanto esta sem lógica. Lógica?
Lógica em quê? Lógica porquê? Ta ai uma boa pergunta... Uma? Duas talvez...
Só quem sabe é quem escreve, ou ao menos dita.


Dedicada a minha cara amiga ThuannyMaryna

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em desalento com o desencanto

Em descompasso rítmico com o corpo, me contento em tê-lo, confortável para uns, intrigante para tantos, incomum para mim.
Em contentamento sórdido sobre mim, atenho minha visão para a carne que se aproxima, para à rima, do silóquio não verbalizado, da flexão do próximo não, meu singular fardo.
De como tenho tido o que me rodeia, atenho-me ao que realmente me pertence, a presença se esvái, emaranhando-se da maneira mais trivial possível a sua complexa simplicidade, não concordo com minha idade.
Ao retornar o que me devem (devem?) verifico seu estado, sua desarmonização ao acaso, caso, não hoje, mas quem sabe no proximo dia?
Observo que a incerteza que me rodeia, permeia, tudo o que antes havia construido, punido, mantenho-me ausente dos rodeios sem fundamento.
Poderia encerrar este ciclo de ausências em mim, dentro das raizes dos muitos lugares onde estive, vive, estranhamente escondido de minhas objeções.
Ao ter como objeto o material da minha mente, concluo está na mais interna furia, nas entranhas do que chamam amor, contente, em saber que nunca me considerei um ser ausente, ao próprio
desencanto, a simples face do pranto.

No entanto, nada tenho a dizer, escrevendo, que ao menor sinal de perigo, me escondo, mesmo na ausência do estrondo ou da minha própria, razão.

sábado, 27 de agosto de 2011

O lamento e o título

Não há água nesta torneira
Não há odor neste ar
Não há sombra na pessegueira
Nem motivos para me lamentar
É como prelúdio, que inicio pelo fim
Apresento as dores do íntimo ser que mora em mim:
Gritante e cego para o quero
desejo friamente o calor de uma mulher
Não tendo a certeza se disso vou obter
Saciar meu desejo ou outra coisa qualquer
A rima que sai do lampejo alcança
Além do que concretizo como beijo, lança
O laço pelo qual busco me ater
A memórias que , a muito, tento esconder
Da água que espero tomar, alívio e conforto
A lâmina fria que desce pelo meu longo corpo
Espero desta forma proporcionar
Do aroma que sentia ao longe, morto
Inato, permaneço perante o gosto
Que provocado pelo continuo prazer
Relevo as mesmas memórias que fojem do meu ser
Ao passo que tento fugir de mim encontro os buracos que enfeitam-me
Deixando a aparência do verme irritante, que com sua fome extenuante
Devora os pedaços que deixei para trás
E seguindo a rota da fuga
Percebo o quanto m'alma é burra
Deixando-me a esperar
O real motivo pelo qual deva me apaixonar.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A ti primeiro, a mim em terceiro

Retiro a ti minha ultima máscara, entrego-me por inteiro a teu deleite, como nunca antes tinha feito. Amor, delírio, apenas enfeite, quero contigo ferver a euforia de um beijo. Gemer, gemido, espero que seja contigo no calar da noite, causando intenso frio no umbigo.

Fico semelhando-me a um escravo, mas com palavras a dizer, com desejos a cobiçar. Sinto a nova aurora. Descobertas, em meu novo mundo, afloram, tudo inervado, como disse outro, num apocalipse duvidoso. Podendo explodir os mil sentimentos ainda não descobertos de uma só vez, clareando idéias e cessando vozes.

Digo que este seja bom, que dure no dom de saber gostar e no de querer ouvir: carinhos, mordidas e sabe-se lá o que venha deste encontro. Não desejo por um ponto, pelo menos até que não haja final, ao menos que trilhemos esta avenida, cientes que ao longo do caminho haverão algumas subidas e inúmeras descidas.

Posso então deixar-me sentir o agora, o que em outra hora não quis. A ti primeiro, como se meu mundo dependesse de sua companhia, como se eu não fosse alguém te esperando em pleno estado de euforia, como se fosse a própria razão, como se, então, estivesse dependente somente de ti. Quero está ao seu lado, quero, entre as idéias em trapos, pensar nos nossos momentos, por mais breves que sejam, sendo beijos, carinhos ou lamentos.

Quero viver o que vivo agora, o que sinto sem repulsar tudo aquilo que vem de fora, que me empurra à deriva, que me deixa sem rumo. Não quero mais, porém, por vezes fumo, sentir tua boca, tua pele, teus desejos, que sejam meus também, teus gostos, teus sorrisos, teu carinho demonstrado apenas com gestos simples.

Quero, desejo, assim por todas as vielas te cortejo, bem próximo ao próximo beijo. Espero morar, tempo suficiente, na tua esperança, que não esperes muito por mim, pois estarei logo aqui, do teu lado, abraçando fervorosamente teu afago, abraço, sermão, carícias.

Repito o que desejo, pois quero de novo o que me veio como um novo “novo”, um novo gostar, um novo sentir, um novo beijar... Um novo pedir, um novo abraçar, um novo morder e acariciar deixando saudades por onde quer que queiramos passar.

A mim, em terceiro, mesmo quando estiver nadando no meu acúmulo de não, mesmo quando o limite do que não quero sentir ultrapasse o de querer fingir sorrisos, esconder caprichos de uma mente solitária. Ainda que esse “não querer ser quem eu realmente sinto ser” me empurre para o canto escuro mais próximo e negue a existência de qualquer outro vivo, de qualquer outro que queira me ouvir, que queira me abraçar, me confortar e esperar comigo que os olhos sequem, haverá um momento em que pensarei em ti, em mim, em nós. Pois, após sentir que o gosto das lágrimas não mais agrada e que isso já não mais me força a perseguir as trevas, meus olhos não haverão de pedir novamente o que m’alma insiste em dizer “não agüente”.

E ainda que o que eu diga pareça uma valsa desgovernada de palavras, espero que entenda os entre-mudos da musica descompassada, os sussurros do que quero verdadeiramente dizer. De que quero ouvi-la sem me preocupar com o tempo, de que quero que me chame quando houver qualquer tipo de lamento, de que quero que me dê a honra desta minha dança infame, de que quero um cortejo teu com um beijo no final.



sábado, 16 de julho de 2011

O prazer da dança

Traria-me deveras prazer se a senhorita me acompanha-se nesta dança de palavras
Que me trouxesse o gosto de antes:
Do deleitar-me sobre seu colo e do não me acovardar
ao querer dizer o que sinto
Mas afinal, o que sinto?... O que devo sentir?

Ao quê devo gritar para conseguir um beijo?

Que não seja acompanhado por um pedaço de queijo

Pois sou intolerante a... Digo, não tolero mesmices

Mesmo que venham de minha própria agonia

Se expandindo rapidamente até minha garganta fria
E causando dores quase intermináveis entre o meu eu e o meu teu

...

Ainda insisto em questionar-me: Para que a rima?
Talvez por não ter outra fonte de letras para assim fazer...
Para assim dizer que anseio pelos seus braços

Seu afago ofegante, que a todo custo tenta me silenciar

Mas não deixarei que vença. Meu gosto por ti será maior

Provarei que posso gostar sem amar e proporcionar a razão deste negado amor
Que se um dia esta palavra melosa venha a chegar às nossas bocas
Que saia com as
mais variadas decorações loucas
para enfeitar isso que chamei de futuro!!
Para tudo que desejo em ti e que não quero ver em outra parte quaisquer do mundo
E ainda me despojando do prazer do frescor, alerto:
Quero-lhe muito senhorita, mas sem frescura!

terça-feira, 10 de maio de 2011

A assombrosa verdade

As folhas em branco não arrebatam o que digo, por este significativo motivo deito-me sobre elas.
Não as forço a aceitar idéias que, por quase desespero infortúnio, partam de mim, apenas contorno o que insistem em querer, a mim e até então apenas assim, informar.
As linhas cujo sigo não decidem os caminhos de minha recém-nascida prosa, prosa que definho ao último ramo de letras seguida de uma desfiguração meticulosa à escrita, guardada, no final deste processo, no mausoléu de minha mente.

As curvas que as letras seguem não são de meu partido, pois, o que digo não quer, ou não demonstra querer, permanecer escrito... São portas almadiçoadas as da minha boca, por tal motivo não grito. São empoeiradas as janelas de meus olhos, por tal motivo não me é permitido vê-las. Posso está blefando, surtando, brincando de querer decifrar-me, mas não é isso que as folhas em branco dizem...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Continuadas passadas

Em continuadas passadas que dei ao longo de minha pobre, faminta, degenerada e talvez (por que não?) triste vida, descobri que o mundo não passa de uma fonte de informações, onde os que podem moldar mandam, e os que não conseguem, nunca tentaram, e os sem o mínimo de capacidade de moldar, apenas ouvem e sentem as conseqüências do que virá. Isso me intrigou tanto quanto a resposta de uma pergunta feita com muita frequência quando estamos no estágio inicial do desenvolvimento social:

- “Como nasci?”.

Entretanto, por saber da verdade do mundo não tentei ser um “moldador da verdade”, e sim um transmissor da própria. Não me dei ao luxo de tentar descrever a existência ou algo de tamanha complexidade, mas algo que me fizesse ser... Algo que muitos sábios julgaram inconcebível, inimaginável, muito além da compreensão humana, como dizem os leigos. E por ser tão longínqua esta informação me perguntei infinitas vezes se tal coisa realmente existia, ou se era um levianismo de minha parte.

Levianismo ou não, teria que assumir a obrigação da continuidade da procedência de tal informação. Tantos com tanta fome, outros em eterno leito, mas todos ansiando por minhas palavras... Para alguns, carregadas de egoísmo, superioridade, prepotência; para outros a pura e amarga verdade. Pelo visto, não era lá grande espanto expresso nos rostos famintos, parecia que já tinham família com o problema. Dei meus textos recheados com minhas frases, compostas de minhas palavras. Palavras que eram tão aguardadas por poucos, a contragosto, e já entendida por muitos, ainda a contragosto. Sólidas eram, nas mãos de quem aceitava, em favos ficavam, nas mãos de quem desistia em ver.

É claro que em minhas feições estava estampada a humilhação. Por muito tempo mantive a crença de que era a minha verdade a única e completa salvação do leiguismo humano, da incapacidade de refletir e flexionar seus termos, de diminuir e ampliar seus alcances, de ser ou não ser. Aquilo que fora chamado de “O Pensamento” agora não se distanciava de mera especulação. Aquilo que me alimentava por horas seguidas na esperança de que num dia, neste dia em questão, a verdade tornar-se-ia de todos! Aquilo, a quilo, há um bolo...

Em contra ponto a minha explicita decepção, houve subitamente, um esclarecimento, prendendo-me a outra esperança, outra tentativa, outra realmente dita, opção. Estava tomando muito mais tempo do que tinha programado para solucionar. Ao tempo que tardio chegava, me torturava, e ao tempo que gozava de minhas tentativas, pensava... não em qualquer coisa, mas no Pensamento, afinal, era dele que devia extrair a verdade e assim emudecer os furiosos.

Lembro bem que isso já não me ocorria com freqüência, o pensar. Pensei por tantas vias, andei por tantas bifurcações entrando em infinitas vielas, mas ainda assim, o encontrei: O Pensamento. Devia tê-lo tirado a vida, minha insatisfação nunca esteve tão afiada, sedenta por sangue, sedenta por respostas. Exatamente onde o tinha o encontrado, deveria eu, tê-lo matado, mas não pude... De maneira nenhuma pude, no beco do inconsciente, alguém já o tinha feito.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Angústias de um velho trancado no corpo de criança

A dor que sinto em não querer dormir, a angústia que minto em não querer sentir... Será mesmo que merece a escrita?
Sento e descanço meu corpo, que por mostrar-se tão fragilizado, mal pode assumir tal postura. A quê isso me deve? A quê isto me remete?
Será que mereço ir ao canto e sumir?
Penso se pensar, seja esta, mesmo por mim, a melhor solução... Parece tão... racional! Não corresponde ao que faço, de fato. Não corresponde ao quê? Faço, simples, porém bruto, rápido, porém solúvel...
Até então não decidir o que escrever não é ilegal, nem injusto... é passional! Passa-se a acreditar que tal coisa não exista:
O não querer dizer o que escrever
O não querer fazer o quê?
Fazer, falar, dizer, ditar
Este, que por ventura, possa ser o maior escrito cujo qual consegui corresponder, sendo tal escrito desnecessário ao tempo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A incrustante degeneração do pensamento

Palavras não vêm a minha mente, se torna uma angústia quase que proeminente. De receios escrevo esta porsa, de ânseios me afogo e nada provam.
Palavras que visto de repente, desaparecem e me volto ao estado angustiante (de apenas uma angústia) e nada importa. Um conselho que às vezes não enxergo é aquele em que me inspiro e nada volta. Um conselho em que se espelham, regorgitam o que devoram e me devolvem o que não presta, o que nada resta, o que me desperta, o que nada quero de um simples conto de mero, aliás, mera, mera coincidência, mera advertência, mera casualidade.
Às vezes abro a porta para palavras erradas, desgastadas, cheias de desprezo e tenho que ouvi-las, pois, não tenho escolha, é falta por minha apuração que me eduquem sem esta aberração. Foi de minha escolha aceitá-las e é de meu dever ignorá-las.

terça-feira, 1 de março de 2011

...Chegue de repente!

Acabrunhe bem perto, a minha mente
seja frio, escondido ou escolhido entre trapos

os farrapos que descolam de minha pele

de repente...

fica parecendo alta, cuja visão, quase inata, nunca transborda no meio fio

fica quente... de repente

suor, sangue, nervos...

todos os componentes que alegram a nós

a nossa gente... de repente

o sol se despede

alastra um bobo sorriso enquanto que nós

muito, e até demasiado, iludidos

percebemos apenas a luar chega
r
e de tão quente, de tão eufórico...

me esqueço que era dia
...
me deparo, que de repente, já é noite

mas do que mesmo se tratava...?

Retiro um papel, escondido no mausoléu de minha mente

nele há escritos, tantos que transbordam

e tenho que apanhar as letras ao chão

quando, digo, quando em busca do diferente

percebo que isso não mais era aquilo

e que no transbordar das palavras

me perco e me afogo, grito por socorro

nado para um lado... Para que lado fica o abstrato?

ja ensurdecido, na inatidão do agora

paro e acordo... percebendo, que de repente,
cheguei o mais perto do que dizem ser "estar contente".


LEITÃO, Ivan Sá

Obs: devo a inspiração deste texto à frase de uma amiga, cuja qual usei para o título!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Eu e minha Úlcera [Segunda parte (Chore)]

Serão palavras tortuosas as que aqui deixarei, mas, como ja disse uma amiga: "...você escreve tímido, porém, mesmo com essa timidez você sente que tem que colocar estas palavras para fora, mostrar timidamente quem você é ou que quer..." (algo no mesmo sentido).

Ver estas coisas me dá vontade de chorar...:
Árvores balançando harmoniosamente, de quando

em quando tocadas pelo vento com um ar
de não mais parar...
Estão alegres? Querem sorrir?
Depois o mesmo vento que alegra o verde me toca...
não sinto aquela vontade de balançar...
É rígida minha expressão, é frio o meu olhar.
Estou triste? Esquecido? Aborrecido?
Espero que ouçam meus uivos, pois,
parecem que estão se tornando os últimos,
do dia... da hora...
Quero continuar a escrever, mas meu tempo já acabou.
Tudo que já amei... passou.
Todos que odiei... Em verdade, não cheguei a amar.
Estou aqui a favor da humanidade...
Tentando conciliá-la ao seu EU.
Quero que todos encontrem o seu interior
e possam sentir que a verdadeira alegria
parte do maior sofrimento... O VIVER!

LEITÃO, Ivan Sá

Estas palavras servem de prelúdio para as que deponho a seguir, neste mesmo espaço:

Ela me conquista toda vez que me beija, cada gesto puro, delicadamente me corteja. Feições chamativas, lindas, por mais que não note... Estando a pensar me fascina, chame de amor isso que agora me cerca, chame de amor maior o que me faz arrastar um sorriso bobo ao lembrar-me dela.

Que risada mais gostosa me propicia, imagino se seria esse o nirvana do gostar... Entretanto, tudo o que sinto apenas cresce, lento, notável e extremamente prazeroso. É incrível o que o seu cheiro me traz... Pairo sobre pensamentos, levito por sobre qualquer coisa antes dita, pensada, e demasiada desnecessária.
Arrepio-me ao sentir, novamente, tudo que sinto ao seu lado, tudo tão pleno, tão agora... Mas também é depois, depois de amanhã, muito depois de amanhã e o tanto que puder senti-la... Choro por ti, choro por tê-la, choro por poder perdê-la... Ao final não choro mais. Ela me importa mais do que minhas preocupações, lamentos não existem quando lembro que a tenho, bem perto do meu rosto, sorrindo. Coisa maravilhosamente linda Renata.

...

Chegou a mim num momento muito mais do que oportuno... Deixou-me um pacote, bem embrulhado por sinal, recomendações ditas, e um beijo, gosto de último...
O tempo me recomendou que abrisse... Delicadamente o fiz, parecia frágil... lindo...
Era amor, mas só uma pequena fração, suficiente para não me sentir sozinho... Embrulhei com o mesmo cuidado que o tinha ao querer descobrir o que era, e numa estrada qualquer da vida, sentei...
Ainda permaneço sentado, esperando que ela venha buscar o embrulho, ou que traga o resto... que resto?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Recentes reflexões sobre mim e meus amores

Há muito senti algo... (desta afirmação tiro um comentário de uma das pessoas que venho, cada vez mais, a admirar e embelezar em outros texto que aqui mesmo pûs, diria ela: sério!?) este algo me trouxe o sabor de coisa nova, virgem, coisa ainda intocada. Não sabendo como defini-la me ative a tais palavras:

"A vejo mas não sei quem ela é, portanto ou porém, sem mulheres no harém, o que digo não faz falta, não tem pauta, ainda assim como tantos outros tocam flauta, pois, a imagem que enxergo é diferente da visão que a frente tenho. Concluindo, ainda que não tenha terminado, concluo, por observações, admirações, sem tocar no assunto que toca aos tocantes da canção ou calções, vestimenta confortável. Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não saiba quem ela venha a ser, continuo a procura, de maneira obscura, de origem com altura, a não culpá-la, não julgá-la, não subestimá-la, por ser quem é, ou quem poderia ser, quem não queria que fosse, não apoiasse, mesmo desejando algodão-doce, não fizesse, nem que pudesse, ou ao menos que quisesse, saber quem ela é."
LEITÃO, Ivan Sá

Mantive este texto guardado com seus irmãos afim de expor sua importância quando a hora chegasse. Dividido em ter algo novo e manter laços com algo fadado ao fardo, obtive uma carta. Nela continham belas palavras, seus significados... tão tocantes, puxantes a realidade. Deste modo:

"As várias possibilidades levam ao mesmo lugar
aquele ponto de partida.
Partido por escolhas erradas e atitudes não pensadas.
Diante do caos de alheias mentes
mostro-me completamente inerte, ainda
expectadora de fatos fatais
que inexplicam o dito e o feito.
Ao pensar que o outro é melhor que o um
(duvidas, se o contrário)
Cai sobre mim a maldição da passividade de
não-escolha, diga-se, escolhas próprias
Como na de meu próprio futuro (mesmo que presente)
em virtude de puro companheirismo e
'boa-samaritania'.
Ainda que por vocação
antes por gosto
Gosto forte, emanado desta mente e coração
grosseiros e inexoráveis
agora 'despejados como um balde'.
Por isso, insano leitor
Ordeno que retornes de seu mundo e
desças imediatamente deste maldito muro de Berlim!
(que divide também em dois: futuros)
não chores,
não sofras, estupido meu.
A tu e a tuas escolhas:
Boa sorte e,
espero,
Boas vindas!" 28/11/10
Renata Jéssica


Para, só então, perceber quem mais queria, tive que me por a prova. O valor que estaria dando as coisas que me pertubavam, era alto, enquanto que as coisas que deveriam me importar, ignorava.
Tinha sim, feito uma má escolha, que revelou-me uma outra novidade, um novo "sentir-se bem ao está a seu lado" como no texto que havia guardado. Não tenho certeza de sua relação com esta carta, mas "Tenho, por assim dizer, o gosto ao sentir prazer, o saborear no vencer ainda que não sáiba quem ela venha a ser..." Um gosto aprofundado em duas palavras ainda ecoadas em meus ouvidos:
"TE ADORO!"

Retornei, como ordenado, pensei, como esperado, me decidi, sai do muro. Fui bem recebido ao meu novo lar e farei tudo que puder para que exista época-pós-época a mesma euforia de sentimentos que obtive ao ter a carta.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O acuado não deve ser nomeado

Suspiro seguido de arrepios. É o que sinto quando teu cheiro permanece nos meus arredores, confortando dores, cedendo-me tantos outros favores, deixando, quase que por perca de vista, sabores.
Sabe-se lá donde parte tal sensação! Talvez do subconsciente, páreo, adjacente ao comum princípio da não-razão. Sinto, como disse antes, repetindo, em fração de instantes, a calmaria. Disse-lhe, como me disseram, que após uma violenta deságua de sentimentos recái, levemente, aquilo que conforta...

Muitos chamam isto de amor... O r da não-razão torna-a adversa ao que sinto por agora. Explicação tão simples para algo de tamanha iniquidade. Talvez seja mais... Seja maior do que o amor, o que por hora sinto. Por quanto "me incomoda o fato fardo de não saber como começar a lhe ajudar".

Não sabendo ao certo como terminar este escrito, deixo um apelo:


Ama-me com teu conceito, aceitai cada parte de minha dor no teu peito, tornai este mero mortal de predicado a sujeito.