Apenas observe...

Apenas observe...
Por Sócrates Guedes

terça-feira, 1 de março de 2011

...Chegue de repente!

Acabrunhe bem perto, a minha mente
seja frio, escondido ou escolhido entre trapos

os farrapos que descolam de minha pele

de repente...

fica parecendo alta, cuja visão, quase inata, nunca transborda no meio fio

fica quente... de repente

suor, sangue, nervos...

todos os componentes que alegram a nós

a nossa gente... de repente

o sol se despede

alastra um bobo sorriso enquanto que nós

muito, e até demasiado, iludidos

percebemos apenas a luar chega
r
e de tão quente, de tão eufórico...

me esqueço que era dia
...
me deparo, que de repente, já é noite

mas do que mesmo se tratava...?

Retiro um papel, escondido no mausoléu de minha mente

nele há escritos, tantos que transbordam

e tenho que apanhar as letras ao chão

quando, digo, quando em busca do diferente

percebo que isso não mais era aquilo

e que no transbordar das palavras

me perco e me afogo, grito por socorro

nado para um lado... Para que lado fica o abstrato?

ja ensurdecido, na inatidão do agora

paro e acordo... percebendo, que de repente,
cheguei o mais perto do que dizem ser "estar contente".


LEITÃO, Ivan Sá

Obs: devo a inspiração deste texto à frase de uma amiga, cuja qual usei para o título!

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