seja frio, escondido ou escolhido entre trapos
os farrapos que descolam de minha pele
de repente...
fica parecendo alta, cuja visão, quase inata, nunca transborda no meio fio
fica quente... de repente
suor, sangue, nervos...
todos os componentes que alegram a nós
a nossa gente... de repente
o sol se despede
alastra um bobo sorriso enquanto que nós
muito, e até demasiado, iludidos
percebemos apenas a luar chegar
e de tão quente, de tão eufórico...
me esqueço que era dia...
me deparo, que de repente, já é noite
mas do que mesmo se tratava...?
Retiro um papel, escondido no mausoléu de minha mente
nele há escritos, tantos que transbordam
e tenho que apanhar as letras ao chão
quando, digo, quando em busca do diferente
percebo que isso não mais era aquilo
e que no transbordar das palavras
me perco e me afogo, grito por socorro
nado para um lado... Para que lado fica o abstrato?
ja ensurdecido, na inatidão do agora
paro e acordo... percebendo, que de repente,
cheguei o mais perto do que dizem ser "estar contente".
LEITÃO, Ivan Sá
Obs: devo a inspiração deste texto à frase de uma amiga, cuja qual usei para o título!
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