Apenas observe...

Apenas observe...
Por Sócrates Guedes

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em desalento com o desencanto

Em descompasso rítmico com o corpo, me contento em tê-lo, confortável para uns, intrigante para tantos, incomum para mim.
Em contentamento sórdido sobre mim, atenho minha visão para a carne que se aproxima, para à rima, do silóquio não verbalizado, da flexão do próximo não, meu singular fardo.
De como tenho tido o que me rodeia, atenho-me ao que realmente me pertence, a presença se esvái, emaranhando-se da maneira mais trivial possível a sua complexa simplicidade, não concordo com minha idade.
Ao retornar o que me devem (devem?) verifico seu estado, sua desarmonização ao acaso, caso, não hoje, mas quem sabe no proximo dia?
Observo que a incerteza que me rodeia, permeia, tudo o que antes havia construido, punido, mantenho-me ausente dos rodeios sem fundamento.
Poderia encerrar este ciclo de ausências em mim, dentro das raizes dos muitos lugares onde estive, vive, estranhamente escondido de minhas objeções.
Ao ter como objeto o material da minha mente, concluo está na mais interna furia, nas entranhas do que chamam amor, contente, em saber que nunca me considerei um ser ausente, ao próprio
desencanto, a simples face do pranto.

No entanto, nada tenho a dizer, escrevendo, que ao menor sinal de perigo, me escondo, mesmo na ausência do estrondo ou da minha própria, razão.

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