Certa vez, vi uma cadeira no alto de um barranco e logo ao lado, um pouco mais abaixo, um cultivo de bananas e algo mais... Mais frutas.
Fiquei observando a cadeira vazia, à beira do decréscimo e percebi que na posição do observador, ele podia ter uma parte do mundo ao seu alcance, onde automóveis passavam irritantemente a qualquer instante. Pensava se o observador ali ficava apenas para descansar... Mas logo descartei esta idéia, a visão do outro lado não era lá agradável ou confortante. Então, me veio a mente outro raciocínio: Talvez ele ficasse ali para se sentir acima de todos, o maioral, esquecer todos os casos de injustiça, desigualdade, repressão, opressões a parte...
Esta idéia me alegrou um pouco, pois conclui que a vontade de ser livre não impede o desejo do mesmo se realizar.
Chegando em casa, me deparei com mais uma daquelas discussões que sempre acontecem quando se tem uma família excêntrica, por assim dizer, e fui logo exclamando:
"Pouco sei sobre a mesa onde propõem anular o vazio, o óbvio, o Cristo..."
Retrucando a minha fala, alguém disse:
"Poucos sabem sobre isso e por tal motivo deixam a relaxar, suas mentes se vão... Algo me faz gozar..."
E continuando a discussão, um outro alguém que acabara de chegar falou:
"É o medo? As palavras? O dizer? Pouco soube que havia, a tempos, uma mistura de sentimentos, o agouro de mais tarde, a tarde que me fez ver que tudo era mesmo mentira, fora isto... Nada coube."
Tentei terminar a discussão com o seguinte dizer:
"Será o nada toda verdade? O assombrar de todos os ventos a qualquer direção? O afirmar que é mesmo verídica a doutrina desta realização? Fica ai a pergunta, esta questão!"
Retirei-me antes que começassem a entender o que havia dito.
... Como todo fim de tarde sento numa boa, e desprovida de imperfeições, cadeira e começo a refletir sobre o que fiz e o que deveria, por desmérito do acaso, fazer. Então algo me vem à mente, e como bom pensador descrêvo-o:
domingo, 21 de fevereiro de 2010
20 de Setembro de 2007
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Rapaz de Recife,
ResponderExcluirtuas palavras me fazem pensar, me levam também a uma dimensão que habito com frequencia, o da complexidade da compreensão pela linguagem.
Um abraço e obrigado pela visita ao Cup of Tea.
Por um instante eu achei que essa situação da discussão tinha realmente acontecido com você. Se aconteceu...sério que é assim que as pessoas conversam no seu mundo familiar? Ou você enfeitou as palavras ditas? :)
ResponderExcluirComplexo...bem complexo....
como já falei ao senhor, esse seu texto tem um ar de reflexão, e me faz lembrar de certos momentos marcantes na minha vida, tanto bons qnto ruins. experiências q me fizeram crescer como pessoa por tal motivo as valorizo.
ResponderExcluirparabéns pelo texto tá lindo, e qndo eu realmente estiver em uma tpm braba prometo q venho lê novamente o q vc escreve, pra poder chorar c mais gosto!
ti lovi
bjus e fui
O que você está fazendo em Biologia??????
ResponderExcluirGostei muito desse seu texto. Parabéns!!!
Flávius diz:
ResponderExcluirVoís la
Flávius diz:
a tarde que me fez ver que tudo era mesmo mentira, fora isto... Nada coube."
Flávius diz:
algumas pessoas de hoje
Flávius diz:
É o medo? As palavras? O dizer? Pouco soube que havia, a tempos, uma mistura de sentimentos, o agouro de mais tarde,
Flávius diz:
a "corporação do vaticano"
sem perder a sátira...
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